quinta-feira, 20 de dezembro de 2018

LIBERDADE


Estava um dia chuvoso, frio e cheio de gente para todos os lados.
Ela é alta, cabelos loiros e cacheados em abundância. Toda ela emana liberdade, força e determinação. Tudo isso, com um sorriso nos lábios e brilho no olhar. 
Ele, tão alto quanto ela. De sorriso franco e fácil. Seguro de si, não teme a força dela, antes a aceita como é e a ama com todas as forças do seu ser. Olha-los, é como ver a dança de dois tornados, fundindo-se em um só, e tornando-se mais forte, verdadeira força da natureza. Sem serem destrutivos.
Amam-se e se aceitam. Aglutinam tudo de bom do outro para si, e aceitam o jeito de ser individual, mas que ao estarem juntos, produzem energia e calor.
Decidiram que passariam suas vidas ali, naquele vilarejo, com pessoas amáveis e simples. Onde poderiam viver suas aventuras naquelas montanhas geladas e penhascos cheios de neves.... Tudo muito lindo. Tudo adequado à natureza deles.
Saíram com uns cães para apostarem corrida. Ela, iria com eles. Ele, com os esquis, se encontrariam num determinado ponto, no fim daquela corrida. Quem chegasse primeiro, deveria esperar.
Assim fizeram. Mas ele chegou primeiro e nada dela. Passou-se umas horas e quem tinha ido para a celebração, devido o cansaço e, agora o frio devido a chuva, foram para suas casas. Mas ele não. Sua tranquilidade era para alguns, irritante e desproporcional. Afinal, e se sua amada estivesse em perigo? Mas, de alguma forma, ele sabia que ela estava bem e voltaria pra ele. Sempre voltavam um para o outro... então, ele a esperou. Por dias a chuva esteve ali, como se não bastasse o frio do local. E ele esteve debaixo da chuva, porque queria estar lá quando ela chegasse. 
E, sentindo sua chegada, ele mandou preparar tudo para a festa. Obedeceram...eles eram assim, muito ligados, algo inexplicável... sentiam a proximidade um do outro.
E ela aparece, linda, sorrindo, rosto brilhando de felicidade, e antes que os cães parem o trenó, ela salta e corre para os braços dele! Se abraçam, beijam-se e riem da loucura daquela diversão... Ela estava feliz. E o pede em casamento. Ele aceita. Ela olha em volta e só então percebe o altar, as pessoas e flores, e o sacerdote no local... volta-se para ele e rir...Ele está com o outro par da aliança... As pessoas nunca os entenderam, mas eram duas almas livres e cheias de força que haviam decidido compartilhar o amor e a liberdade, juntos.