Uma Tarde...

Uma tarde, apenas isso, foi o suficiente para que se vissem e se amassem...

 

Quem poderia imaginar que seria assim??

 

Olhos nos olhos e algo mágico aconteceu!

 

Bem, pelo menos foi o que pensaram, tudo parecia em silêncio, só eles ali, no centro da praça...

 

As árvores, sim, elas poderiam servir de testemunhas que aquilo fora real. De fato ele a vira, sentira e reconhecera nela, seu grande amor, sim ela também, ele sabia!!!

 

Como pudera passar todos aqueles anos sem sentir isso, sem sentir seu coração bater tão forte, tão violentamente, como? 

 

Jamais entendera aquele silêncio, aquela falta de empatia com o mundo e, numa simples tarde, diante dele estava a razão de seu distanciamento com esse mundo... Simples assim, ela era o que lhe faltava.

 

Ainda sem palavras, ambos permitem que suas emoções sejam transparentes e transbordantes no brilho de seus olhares, estava tudo ali, para quem quisesse ver: eles sabiam que nada mais seria o mesmo... Possivelmente, nada voltará ao lugar, a menos que possam estar juntos outra vez...Sim, estaria de ali por diante, pois ele não deixaria que nada mais lhe tirasse a sua alegria. Iria descobrir o seu nome, saber do que gostava, ouviria sua voz, mas não deixaria de reencontrá-la.
 

Diminuiu a distância que ainda existia entre os dois e se apresentou. Ela disse seu nome. Trocaram telefones, e-mails e tudo o que lhes foi possível naquele momento.
Sorriram e se despediram, pois naquele instante seus ônibus que os levariam para seus destinos, acabavam de chegar...
 

Mas, antes de subir no ônibus, se olharam mais uma vez e se despediram... Provavelmente pegaram a se falar durante todo o percurso do  coletivo, firmando assim aquela relação que surgira, como consequência daquela tarde linda de sol....

SOCORRO!!

A chuva caia forte lá fora. Os ventos balançam violentamente as copas das árvores. Embora estivesse dentro da casa, sentia medo, pois achava aquilo tudo muito assustador. Ainda bem que apesar disso tudo, não estava relampejando, caso contrário ela não suportaria.


Pelo menos é o que pensava.


Havia uma tempestade maior dentro de si... Estava angustiada. Aborrecida e muito chateada.


Sem motivo aparente estava perdendo o controle com as pessoas próximos a si. Estava sendo rude e sem trato.  Quando dava por si, perdia o controle. Nada agressivo fisicamente, mas verbalmente, irritantemente. Enfim, estava, como muitos a chamavam: Insuportável.


Depois, a culpa por, de novo, não ter se controlado, não ter impedido que aquelas palavras rudes saíssem e ferissem alguém... A culpa por ter sido brava com quem só lhe fazia uma pergunta... Nossa, foi só uma pergunta e por quê, em nome de Deus, agira como se tivesse sido ofendida???


A verdade é que ela precisa de ajuda... De alguém que lhe esclareça, lhe defina, pois sozinha ela não consegue, não tem forças... Seu desejo mais secreto é sair sem destino, em seu silêncio interior, e nada falar, com ninguém... Pra ninguém...


Mas não é assim tão fácil se isolar, ainda mais quando se tem obrigações, filhos, marido, trabalho, enfim, não dá pra simplesmente sair e sumir!!! Por essa razão ela tem se fechado, na esperança de que pelo menos em si mesma possa se refugiar.


No entanto, suas ações demonstram que sua alma pede SOCORRO! em alto e bom som... 


Quem irá ouvi-la????  

 

ENTÃO...

Estava pensando em como foi bom aqueles dias... Dias em que ríamos sem ter de quê, apenas pelo prazer de ouvirmos o som de nossa alegria...

Fiquei aqui pensando, será que poderíamos repetir aquela dose???

Poderíamos tentar! 

Talvez, um dia desses, quem sabe, ficaríamos ali na praça, deitados na relva  a olhar o céu, e começaríamos a lembrar da nossa juventude... Do quanto fomos imaturos, mas sabíamos rir de nossas tolices...

Sabe, sinto falta de teu sorriso... Agora, enquanto penso em ti, sozinha, começo a sorrir...

Pois é, depois de tanto tempo,  a tua lembrança é capaz de me fazer feliz!!! 

Já pensou quando pudermos ficar um ao lado do outro e falarmos desse tempo em que estamos sem nos ver??!!! 

Acredito que será maravilhoso!!!

Você sempre foi assim: filósofo da vida. Nossas conversas inteligentes me fazem falta... A pureza de nossa amizade me encanta... Incrível, mas ainda é possível viver momentos assim, de amizade, pureza e felicidade.

Então, quando poderemos nos ver???

MUNDO...

Quando estamos só, pensamos que deve haver algo de errado conosco. Quem sabe não somos divertidos o bastante?! Quem sabe falamos de mais, ou será de menos?!! Vai ver somos chato mesmo... Com o tempo você percebe que o que ocorre é que algumas coisas de fato são verdadeiras: você é complicado demais, certinho demais, ousado demais, tem medo demais, não corre risco, enfim, um monte de coisas injustas. Aprendi que sou quem sou, amo como sou, e quem tiver o prazer de estar ao meu lado deve entender o privilégio que tem em ter alguém como eu ao seu lado!!! Não somos iguais. Não devemos ser iguais, pois assim, seríamos um produto em série... E até eles, às vezes, vêm com defeitos, rsrsrss.... Então, talvez a solução seja amarmos quem somos e quem devemos ser, mudar quando preciso, mas não abrir mão de quem somos só para alguém nos aceitar em seu mundo... Haverá um mundo pra mim, como sou, disso eu tenho certeza!!! E pra você também! Acredite. 

Escrito em 23/02/2012 

www.silviadias.pt                     

      

PERDÃO...

As coisas não tinham saído como ele pensara. 


Agora mesmo, estava sentado na calçada, olhava as pessoas que passavam e nem se quer o olhavam.


Pra falar a verdade, em outros tempos, também não pararia para olhar um homem mendigo ou mesmo ajudá-lo!


Mas ali estava ele, desempregado, com fome e sem nenhuma perspectiva... Sem contar que a vergonha e o orgulho não o deixavam reconhecer que tinha feito uma péssima escolha.


Como poderia imaginar que a ideia de sair de casa com sua herança iria  ser uma grande furada? Tinha pensado em tudo, em todas as festas que poderia participar, as casas de shows em que dançaria a noite inteira com todas as garotas disponíveis, enfim, não havia nada de errado em seus cálculos... A herança pagaria todos os seus gastos...


Ainda sentia fome.


Levantou-se e desejou comer os restos de comida deixados nos pratos ali naquela lanchonete...


De repente, imagens de uma mesa farta surge diante de seus olhos... sorrisos à mesa, fartura... Ali, ele via como sua vida havia se resumido em sobreviver, comer o pão de cada dia, literalmente, para poder continuar...


Lágrimas rolam em seu rosto, na verdade, verdadeiras cachoeiras, pois o pranto vem abundante, como a sua dor... Não consegue parar, nem liga quando algumas pessoas passam olhando-o com estranheza, agora, ajoelhado, sente a dor de seu pai quando foi embora, com todas as suas ilusões, com toda a sua arrogância...


Sentia que tinha que voltar... Sentia que tinha que pedir perdão, mesmo que seu pai não o aceitasse mais em sua casa, mas não viveria mais um só dia daquela forma... 


Sim, se humilharia, lhe pediria para que o aceitasse pelo menos como seu empregado... Com certeza, aqueles dias no mundo ele aprendera algumas coisas que poderia usar na casa de seu pai como seu empregado...


Andando, pois não tinha dinheiro para pagar o ônibus, ora pedindo carona, ele enfim se aproxima da casa de seu pai e o vê na varanda...


Seu  pai também o vê e por alguns instantes eles se olham... Seu pai sai de seu lugar e rápido, pois tinha pedido a Deus pelo retorno do seu filho, vai ao seu encontro...


Ele o abraça forte e chora com  seu filho. 


- Pai, me perdoa, pois agora sei que o magoei, que abri mão do seu amor por migalhas que o mundo me oferecia, que deixei seu amor por tão pouco... Perdoe-me, sinto muito... Sei que não mereço ser chamado seu filho, mas me aceite pelo menos como um de seus empregados, eu preciso tanto... do seu perdão para poder prosseguir...


- Filho, você sempre será meu filho... Eu te amo e estava aqui te esperando, orando todos os dia para que você retornasse... Sim, eu o perdoo, porque eu te amo e quero te ver feliz..  Você nunca deixou de ser meu filho e eu nunca deixei de te amar. Seu lugar ainda está te esperando.  Seja bem vindo de volta ao seu lar, meu filho.

REENCONTRO...

Fazia tempo que não se viam. Dez anos? Quinze?  Não lembrava. Mas o fato era que ao vê-la sentiu-se  como se nunca tivesse deixado de estar ali, perto dela. Como explicar? Depois de tanto tempo, mal se falaram. Podia até se dizer que estavam sempre se evitando.
Ele não sabia o que dizer, como começar uma conversa, sentia-se como um adolescente diante de sua paquera... mas tinha que dizer algo. Já fora por  demais impulsivo descer do carro em movimento e passar por entre os carros só porque a viu, do outro lado da rua! Ela tinha os olhos fixos nos seus e um sorriso bobo nos lábios. Ele retribuiu. Do carro, seu amigo o olhava como se visse um louco: talvez ele tivesse razão. 

- Oi.
- Oi.

Ela não podia acreditar! Estava tão distraída, pensamentos no nada e, de repente, percebe um movimento à sua direita e vê que um homem tinha saído do carro, ainda em movimento, e passava agora entre os carros e sorria para ela. Estancou na hora! Era ele. Não soube o que fazer. A cena era coisa de cinema, não, novela das nove. Mas seu coração o reconheceu em segundos. Não teve outra, o de sempre aconteceu: sorriso bobo no rosto. Sempre sentia vontade de sorrir quando ele estava por perto... mas fazia tanto tempo... o quê, dez anos?  Não, quinze! E o efeito ainda era o mesmo.

- Oi.
- Oi.

Por um tempo a cena ficou assim, congelada, ele olhando pra ela e ela sorrindo pra ele. Pegos pela emoção, coração a mil, tanta coisa passando na mente, tantas lembranças, de sorrisos, dos passeios, dos sonhos... mas as palavras que queriam falar não saiam! Ela queria dizer que sentia-se encantada por sua explosão de emoção. Não, setia-se emocionada e entendia o que isso significava pra ele. Ele queria lhe dizer que nunca a esqueceu. Seu coração batia feito louco...

- Será sempre assim? Pergunta ele, ainda sob efeito da emoção.
- O quê? Pergunta ela sem tirar os olhos dele.
- Meu coração sempre vai falhar uma batida todas às vezes que te ver ?  Sorri, esperando resposta.
- Eu não sei... me diz você. - Ela inspira, coração  começa a bater no compasso novamente, fazendo com que consiga articular alguma coisa.- Quem sabe você descobrindo a resposta possa me dizer... assim eu entenderia muitas coisas.
- Tais como..
- Por que sempre parece que nunca ficamos tanto tempo afastados ? Por exemplo.
- Porque talvez nunca estivéssemos longe um do outro, no coração.

TEMPESTADE...

Existe uma tempestade em mim. Sempre quando penso em você, lembro dos teus olhos nos olhos, do teu sorriso torto e essa voz firme e pausada. 

Não sei o que faço com isto. Finjo que não me importo com os terremotos que provocas em mim. E nem ao menos és ciente dos turbilhões que provocas. Digo a mim mesma que vai passar. Tem que passar.

Paro e fico te observando. Vejo o quanto és competente no que te propões a fazer. E em todo tempo não perdes a elegância e gentileza.

És firme, mas há uma suavidade na voz, nas ações , no olhar... Sim, isto me atrai. E como num tsunami, isso destrói minhas defesas e muros tão bem construídos. 

É, você é minha Tempestade.

http://obviousmag.org/archives/2007/08/imagens_da_temp.html

Esquecer-te...

"Às vezes é preciso ficar em silêncio. Guardar só para si um segredo. Embora o Coração grite por querer declarar o que sente, ele precisa se conter e entender que nem tudo é como ele deseja.

Ficar quieto. Tudo passa e novos desejos surgem. E assim, quem sabe, suplantar os que hoje te faz suspirar.

Você não sabe e nem pode imaginar, mas existe um desejo que devo deixar sufocar e morrer  diante da Realidade, tão racional, que diz que  tenho que te esquecer." 

ibsdream-and-believe.blogspot.com

EU...

Costumo dizer que eu precisaria viver mil anos para ser totalmente tudo o que há dentro de mim. Todas as impressões e desejos, todo o EU.

INQUIETUDES DA ALMA....

 Ah, que inquietude em minha alma... desejos, vontades e quimeras....tudo se mistura em mim.
Não, não tente me definir, pois seria impossível. Basta que saibas que sou livre e estou em paz comigo mesma. 

PEDAÇOS DE MIM...

Sou um pouco pedaços de papéis, onde palavras que me definem se encontram... Sou mesmo saudosista e nem quero mudar isso, pois gosto de me lembrar das coisas que me fizeram feliz e sorrir demais...Sim, sou um pouco mais do que aparento ser, mas são nas letras que você vai me encontrar e me compreender...

GOSTO DE QUEM SOU.

 Gosto de quem sou. Com todas as qualidades e defeitos. As qualidades, quero melhorá-las. Os defeitos, posso mudá-los, ou não; afinal, aprendo com eles.  Mas, sinto-me bem comigo mesma. Sinto-me completa e feliz com quem sou. E isso me basta.

PEDRO...

Quando Pedro estava escondido, ao mesmo tempo em que queria ver o que iria acontecer a Jesus, quando o mesmo foi preso, aconteceram coisas curiosas. Pedro ficou entre algumas pessoas, sentou-se com aqueles que tentavam se proteger do frio, mas não abriram mão da mais recente fofoca da madrugada: Jesus havia sido preso, o que se dizia Messias. Ora, era uma fofoca e tanto!

Imagina a cena: pessoas indo de um lado ao outro querendo saber o que tinha acontecido, como tinham conseguido prender Jesus;  Jesus estava onde, alguém mais tinha sido preso com ele???  E os seus discípulos, onde estavam? Aí é que entra o nosso amigo Pedro.

Alguém olha pra ele, nesse meio tempo, e diz: “Tu és também deles.”   Pedro nega, veementemente: “Não o conheço.”  E, como já sabemos, Pedro faz essa negação três vezes antes que o galo cantasse, como Jesus havia dito que aconteceria.

O fato que quero destacar, para nós crentes dos dias atuais é: alguém pode apontar o dedo pra você e pra mim e perguntar:  “Não és tu um desses seguidores de Cristo?”  Ou será que estamos sendo confundidos como um deles, camuflados em parecer como um deles, caminhamos e falamos aos nossos pares que somos crentes, no entanto, se não falarmos ninguém NEM DESCONFIARIA QUE SOMOS SEGUIDORES  DE JESUS???!!!

Ou nosso modo de falar e vestir, e de viver essa vida não nos denunciam como crentes, servos de DEUS? E não falo de costumes de denominação alguma. Falo de exemplo de vida, de por em prática o “amar ao próximo como a ti mesmo”, o “andar a segunda milha”, o “falar moderado”, o “não falar palavras tolas”, o   “sede sóbrios e constantes”,  entre tantas recomendações de Jesus.

Você e eu, causamos estranheza ao outro pelo modo “certinho” de sermos, ou estamos, tipo: “não tem nada demais de fazermos assim, afinal, estamos no Mundo, não? Todo mundo faz assim!”

Ora, Deus é o mesmo ONTEM, HOJE E PARA SEMPRE. Os seus princípios e valores não mudaram com o tempo.  Não tem essa de que “todo mundo faz assim e eu também posso.”  NÃO. VOCÊ NÃO É TODO MUNDO. VOCÊ É DE JESUS. Ou, pelos menos, é o que diz ser.

Sabe, Pedro chorou e se arrependeu de ter negado a Cristo. Houve perdão pra ele. Tanto é, que dias depois ele foi cheio do Espírito Santo, na noite de Pentecostes, e falou foi muito a mais de três mil pessoas de quem era Jesus e o que estava ocorrendo ali, era de Deus. Pedro não se escondeu mais, não ficou mais camuflado no meio deles.

Quando estivermos numa situação de confronto com o que o Mundo diz ser certo e o que Deus diz ser o certo, sejamos sábios e inteligentes em optar pelo o que Deus diz. Pois Ele continua o mesmo. Não se engane. Ele é atemporal e não segue convenções humanas. O Mundo muda a todo momento e sempre em contrário ao que Deus deseja para nós.  Se somos filhos de Deus, devemos ser obedientes a Ele.

Graça e Paz de Cristo a todos nós.