Lá fora parece que está tudo quieto. O som de escape de alguma moto lhe traz lembranças de um lugar distante que ela morou. Da madrugada, alta madrugada, acordada em sua cama, ouvindo o som da madrugada: silêncio, quebrado às vezes pelo som de uma moto, um vizinho assistindo tv alto ou conversando com os membros da casa...
Está na sala, sentada em frente ao seu computador, buscando algo que entretenha sua mente acelerada...que silencie seus medos e dúvidas... por que ela sente tanto medo? Não faz sentindo sentir-se assim!
Ela tem se perguntado qual o sentido da vida e por que ficar preocupada com coisas que nem sabe se vão acontecer a ela? Mas ela fica se perguntando, e por mais que tente treinar a mente com pensamentos ditos positivos, ainda assim, ela se tortura com as incertezas da vida, a falta de segurança diante das N possibilidades.
Mas, se existe N possibilidades ruis, também não existem N possibilidades boas? Se vai se torturar com pensamentos sobre coisas incertas, por que não pensar nas possibilidades boas que podem acontecer?!
Ela percebe que, no fim das contas, existe uma predisposição natural de sempre pensar no pior e aumentar ainda mais suas angústias, e que se quiser mudar o modo como encara a vida, terá que tomar a decisão de escolher pensamentos bons, silenciar os barulhos em sua mente e criar novas lembranças que irão sobrepor às memórias ruins, que tanta dor lhe causam.
